A alguns posts atrás, escrevi sobre meus primeiros discos de pop/rock. Falei como a experiência influenciou minha opção pelo gênero, além de expressar, com certa nostalgia, os momentos em que ganhei ou comprei os discos.

Como, para variar, estou sem um magnífico assunto, conto pra vocês como comecei a gostar de ler livros.

Nada de Restart ou Crepúsculo!

Lá pelo final dos anos 1980, este jornalista mequetrefe 'descobria' o projeto 'Ônibus Biblioteca' (que continua até hoje) que consiste em... um ônibus biblioteca, oras.

A cada dia da semana, o veículo estaciona em um bairro da periferia de São Paulo e empresta livros - por sete dias - para os meninos e meninas ávidos por leitura.

Asterix e os livros da 'Série Vaga-Lume' (Ed. Ática) eram os meus preferidos. Uma semana com dois quadrinhos, outra com dois livros.

Dessa fantástica leva de obras literárias, destaco 'Sozinha no Mundo', de Marcos Rey, e 'Éramos Seis', de Maria José Dupré.

Com histórias simples, mas muito bem escritas, os livros da série me encantavam e divertiam em uma fase difícil da minha vida (separação dos pais, snif...).

'Éramos Seis' mostra a trajetória de uma família humilde e batalhadora que vivia na São Paulo da primeira metade do século passado.

É um dos meus livros favoritos até hoje. A obra ganhou duas adaptações (que eu saiba) para a telinha: uma na década de 1970, na TV Tupi, e outra no SBT, no início dos anos 1990.

Essa versão mais recente, trazia Irene Ravache como Dona Lola, a matriarca da família. A trama foi adaptada por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho (!). Poucas vezes vi uma novela com tamanho interesse. Gostei do que vi.

Já 'Sozinha no Mundo' conta a história de Pimpa, uma adolescente que perde a mãe e tenta encontrar seu tio para que ele a ajude sobreviver em São Paulo. Belo livro!

Ah, se a juventude de hoje não fosse tão 'filho de Fábio Jr', gostasse de vamprinhos do bem e se vestisse toda colorida...[nostalgia feelings]

Abaixo, algumas cenas de 'Éramos Seis'.