Matadores de vampiras lésbicas

Em 21 maio 2010
Por Leila Ferraz

De uns tempos pra cá só se fala em vampiros. Ainda mais depois da febre que Crepúsculo desencadeou. Mesmo quem nunca gostou de filmes de terror (tudo bem que não dá pra classificar a saga vampiro-adolescente nessa categoria, seria insulto) mesmo assim, até essa turma hoje em dia gosta.

Pois bem, o fato é que com essa moda de vampiro moderno que brilha no sol, tem crise de identidade, bebe sangue engarrafado e mais um monte de coisas não tão morta-vivas, nunca mais se viu aquele velho filme de vampiro, com sangue jorrando, marca de dentes, estacas no coração, seres das trevas com o coração inundado de ódio e que pouco ligavam se a gente gostava ou não deles, o negócio era sugar pescoço.


Deliciosa surpresa o inglês "Matadores de Vampiras Lésbicas" (Lesbian Vampire Killers, 2009). Original. Um filme que lança mão de todos os clichês possíveis e imagináveis para rechear o filme de situações hilárias e personagens caricatos. A história? Dois amigos perdedores caem na estrada depois que um deles leva um simpático pé na bunda. Um é o nerd certinho, o outro o gordinho louco que não pega nem gripe e topa tudo.

O sobrenatural da história é a lenda de Carmilla, vampira que foi morta pelo barão McLaren e antes de morrer lançou uma maldição sobre a cidade (igual o Bento Carneiro rs). Toda menina ao completar 18 anos se tornaria vampira. Tudo certo se o tímido e desajeitado Jimmy (Mathew Horne) não fosse o último da linhagem do barão. Agora ele e e Flecht (James Corden) seu amigo, terão de lutar para salvar a mocinha , uma daquelas quatro que foi para o hotel, só que as outras três foram mordidas. Aí sim, começa a festa.

Com a ajuda de um vigário, eles terão que se transformar em matadores de vampiras lésbicas para sobreviver e impedir que a profecia da Lua Vermelha se concretize e Carmilla ressurja e domine o mundo. A vampira mestra quer unir o sangue do descendente do barão com o de uma virgem. Coincidência exagerada ou não, Lotte (MyAnna Buring), a mais inteligente do grupo, é uma virgem e, com a iminência da morte, está louca para resolver esta questão.

A partir daí é uma sucessão de clichês e diálogos hilários e o mais sensacional, os créditos vão todos para diretor Phil Claydon, que transformou o que tinha tudo para ser péssimo em uma divertida história de mortos-vivos, quase que a moda antiga. Super recomendado, diversão garantida. Se não fosse o mão santa do diretor, seria mais um blá blá americano.

beijos