Shows Internacionais no Brasil estão entre os mais caros do mundo.
Foto: Metallica/Divulgação.

Antes de tudo, quero deixar claro que o que vou discutir nesse post é o preço exorbitante das entradas e os péssimos locais escolhidos para os shows e não as bandas (no caso do Cranberries e do Metallica, farei uma crítica posterior a apresentação).

Some R$500,00 (pista vip) para ver o Metallica – dias 30 e 31 de janeiro no estádio do Morumbi – com os R$350,00 que você pagou para ver o The Killers – tocando na Chácara do Jockey (um lugar péssimo, diga-se) ano passado.

Coloque nessa conta mais R$250,00 para acompanhar o Cranberries no próximo dia 29, no Credicard Hall.

Somou tudo? Até para um cara como eu (péssimo em matemática) deu pra sacar que o brasileiro desembolsaria, caso acompanhasse as três bandas, no minímo R$1.200,00 (sem contar transporte, alimentação, bebida ou estacionamento, etc).

Uma reportagem da revista Veja (antiga, mas que vale uma espiada) revela que “nostros hermanos” da América Latina compram entradas para shows, em média, 50% mais barato que os brasileiros.

Com esses valores (os mais caros do mundo), uma pessoa que ganha 3 salários mínimos teria que deixar de comer para ver seus artistas preferidos. Claro que ninguém tomaria tal decisão, certo?

O que será que os produtores pensam? Que estamos no primeiro mundo? Que os locais das apresentações têm banheiros limpos e não são no fim do mundo (como a Chácara do Jockey)?

Até quando teremos shows no autódromo de Interlagos – um local tão inapropriado quanto a Chácara?

São perguntas que nunca são (ou serão) feitas aos organizadores. Só espero que o show do Metallica seja tão bom quanto o preço sugere. Aí se não for…