Nick Hornby. Tem cara mais Pop ´n´Cult do que esse? Claro que não! E é por isso que ele foi o escolhido para inaugurar meu espaço dedicado a música.

Hornby é autor de livros essenciais que mesclam humor, drama e rock n´roll ("Alta Fidelidade", “Uma Longa Queda” só pra citar dois).

Você já deve ter lido algo de Hornby. Ou pelo menos assistiu a adaptação para o cinema de “Alta Fidelidade”.

Não? Eu sugiro que você comece logo. Veja o filme “High Fidelity” ou leia o livro. Garanto que você não vai se arrepender.

Nesse meu primeiro post, trago um pequeno guia para conhecer as várias faces do escritor.

Hornby, o escritor.

O novo romance de Hornby, “Juliet, Naked” foi lançado em setembro nos States (previsto para sair em junho no Brasil) e, mais uma vez, a música é peça-chave da trama.

O livro conta a história do casal Annie e Duncan que, na faixa dos trinta anos, sofre com a tal crise conjugal.

O outro personagem de “Juliet, Naked” é Tucker Crowe, músico de sucesso no passado e que amarga o esquecimento.

Crowe é o ídolo de Annie e Duncan e essa paixão pelo artista (assim como a do casal) fica abalada após uma traição e o inesperado interesse do cantor por Annie.

Hornby, o crítico e o roteirista de cinema

Talvez cansado de levar “bordoada”, Nick Hornby passou a experimentar o outro lado da moeda.

Em vez de se conformar em ser criticado, o escritor passou a criticar. Ano passado saiu em terra brasilis a coletânea de artigos que o autor escreveu para a revista inglesa “The Believer“.

Intitulado “Frenesi Polissilábico“, o livro traz as críticas literárias bem humoradas e irônicas de Hornby, além de dicas interessantes de leitura.

Outra profissão explorada pelo autor é a de roteirista. “An Education” é o título do filme com roteiro de Nick Hornby.

O longa é a segunda incursão de Hornby na sétima arte. O escritor roteirizou “Febre de Bola“, baseado em seu próprio livro.

“Educação”, título do filme por aqui, é baseado nas memórias da jornalista Lynn Barber.

Hornby criou um roteiro nada parecido com os assuntos abordados em seus livros, mas ainda assim consegue agradar.

A história gira em torno da jovem Jenny (Carey Mulligan) que fica dividida entre a dedicação aos estudos e o amor por um rapaz mais velho (Peter Sarsgaard). Tudo isso nos anos 1960.

O filme foi exibido na 33ª Mostra Internacional de São Paulo e deve estrear em circuito nacional em 19 de fevereiro de 2010.

Nick e Ben

E Nick Hornby, em busca de novos desafios, ataca agora de compositor O músico Ben Folds, por carta, pediu a colaboração do autor para as canções de seu próximo álbum. Relutante, como ele mesmo diz em seu blog , Hornby aceitou.

Esta é a segunda vez que o escritor compõe. Em 2004, o ator e cantor (!!) William Shatner (o capitão Kirk!) lançou um disco com as participações de Ben Folds, Aimme Mann e a colaboração de Hornby na letra de “That’s Me Trying“.

Agora, o autor está escrevendo todas as letras do novo trabalho de Folds. Algumas músicas, como “Picture Window” que você vê no vídeo abaixo, já estão prontas.

O novo cd de Ben Folds ainda não tem título e deverá ser lançado em 2010. Falando nisso, quem é fã de Nick Hornby sabe que o cara curte boa música.

Em “31 Canções“, Hornby fala sobre suas canções preferidas que, de uma maneira ou de outra, faziam parte de sua vida. Ben Folds (ainda com seu grupo) era citado no livro com a canção “Smoke“.

E é claro, todos sabemos que “Alta Fidelidade” é pura música. Foi lendo-o que descobri várias bandas bacanas.

Tomara que este disco contenha o melhor de cada um: A melodia de Ben e a genialidade literária de Nick. Vem coisa boa por aí.

Veja o vídeo de “Picture Window”, música de Ben Folds com letra de Nick Hornby.