Aos mestres com carinho

Em 24 abril 2010
Por Anderson Silva




Sabe aquelas pessoas que têm contato direto ou indireto com você? Que te ensinam, te inspiram e te ajudam? Pois bem, parafraseando o filme com Sidney Poitier, o pop post de hoje é dedicado aos mestres com carinho.


"Eu? Mais Velho?"

Meu primeiro "contato" com o jornalismo se deu na metade da década de 1990, mais precisamente em 95, quando comecei a ouvir rock por influência dos meus irmãos.

Na nossa vida, sempre levamos o que é bom e largamos o que é ruim pelo caminho.

O rock me acompanhará até o fim dos dias (com direito a "Fade to Black" do Metallica no funeral).

Meus irmãos me "apresentaram" a esse estilo em 1994, logo depois da morte de Kurt Cobain.

Detalhe: eles são mais novos que eu! O Alan, skatista, vivia dizendo que o Dead Fish era uma banda do caralho.

Eu, com as recém descobertas bandas de Seattle na cabeça, por influência da minha irmã Andressa, desdenhava! E não é que hoje em dia a coisa mudou?

Obrigado, seus malas!






Logo depois de ter completado os primeiros 15 anos (e já se passaram outros 15!), uma revista me influenciou muito.

Descobri bandas incríveis pelas páginas da Bizz/ShowBizz, publicação que colecionei por quase 10 anos.

Foi "lá" que ouvi falar do Days of the New (1998) e seu "novo grunge" que estava despontando (principalmente com a sensacional "Touch, Peel and Stand") em seu primeiro álbum.

Obrigado, Bizz/Showbizz!



"O tempo passa, o tempo voa..."

Como no famoso jingle do Bamerindus, pulo até o ano de 2001, ano que uma grande livraria teria o prazer de me ter entre seus funcionários (pra quê falsa modéstia?).

Ok, agora é hora da rasgação de seda com o Chefe, senhor Thiago Augusto.

Em 2002, após sofrer como estoquista, "virei" vendedor da não citada livraria. Eis que tive o primeiro contato com o mundo maravilhoso de Nick Hornby.

E advinhem quem me emprestou o livro "Alta Fidelidade"? Sim, o próprio Maxwell Lord (vulgo Thiago).

Trabalhamos, se não me falha a memória, por quase dois anos juntos e, posso afirmar, que cresci muito como pessoa, profissional e amante da boa música.

Thanks, boss!



"Direto do túnel do tempo..."

Volte a fita. Vamos até o ano de 1996. São Paulo, saída do meu primeiro trabalho, o honroso ofício de office-boy (ainda tem o hífen?).

18:30 e um puta calor no ônibus lotado. Eis que, sem querer querendo (homenagem ao Kiko, que está na cidade) mudo as estações aleatóriamente e paro na frequência 107,3.

"Lá", ouço alguns acordes pesados e melódicos ao mesmo tempo, além de um vocal incrível cantando: "...so tear me open, but beware...". Imediatamente começo a bater meu pé no assoalho do coletivo (que palavrinha safada!)

Com "Until it Sleeps" do Metallica, estava no ar o "Top 10" da Brasil 2000, comandado por Roberto Maia e o doidão do Tatola.

Sabe o melhor período da sua vida em que a maior preocupação era saber se gastava todo seu (minúsculo) salário em CDs ou fitas de vídeo (sim, elas existiram um dia)?

Pois é, esse era o maior dilema em 1996. Ouvir o Maia e o Tatola todo dia e descobrir bandas como o Metallica (lembrem-se, eu comecei a ouvir rock dois anos antes) e o Drugstore, era incrível. Pena que o sonho acabou...

Valeu Homem-Enciclopédia, obrigado Tatola!



"Sintonizem, animais"

Minha "história" com a Brasil 2000 (atual 107 fm) não se resume só ao programa de Maia e Tatola.

Por ser um viciado em música, dormia ouvindo walkman (sim, eles existiram um dia) e, toda segunda, era "dia" de dormir mais tarde para ouvir o "Garagem" (de volta no Uol desde o ano passado).

Foi "lá" que descobri o Buffalo Tom com sua "Summer" e os engraçadíssimos comentários de André Barcinski, Paulo César Martin e, eventualmente, Álvaro Pereira Jr.

Obrigado, animais!





"Mas isso é só o fim!"

Claro que outras pessoas influenciaram meu gosto musical, mas, como sempre, não dá pra colocar tudo no post só. Até a próxima, pessoal!